quinta-feira

Joaninhas em Babylon

Havia brilho no céu e no asfalto, a liberdade permitia a distancia ou o abraço, o beijo ou o sono. A escolha foi tango sobre um chão de estrelas, de esquina em esquina o sorriso era constante e os abraços dados com gosto, sinceros e felizes. 
Os fogos de artifício em silêncio brilhavam, acompanhando a lua que de tão bonita quase parecia falsa, se equilibrando no céu e admirando lá de cima o sorriso das alegres Joaninhas. Elas acreditavam, por isso tudo estava ali para assisti-las, eram as donas da noite, os astros maiores, podiam ser o que quisessem e iriam juntas até o fim do mundo. 
A dúvida inicial, o medo, as confissões, declarações, brigas, perdões, o frio e o quentinho, as coisonas, coisas e coisinhas envolvidas nessa história, tramaram para que tudo se encaixasse perfeitamente transformando um sábado à noite em um punhadinho de alegrias, numa esquina sem publico e sem medo. 
O filme se repetia mas era surpreendente. A cada rua, beijo ou riso ele ficava melhor, não tinha sentido mas era lindo. Elas queriam que ele continuasse na sua melhor parte por muitas horas. Um coração se encheu de saudades para senti-las devagarzinho, de emoções para recordar, de medo para dar valor e de tristeza ao deixar livre. Até que transbordou e quase afoga a pobre Joana que não sabia ainda onde se meteu. 
Ela, bela como nunca, perdida em seus pensamentos, com os olhos brilhando e com um sorriso único. A sua volta o mundo estava lindo, tudo porque preferiu transformar uma noite qualquer em algo mágico. 
Ele sentia-se personagem de novela, no ultimo capitulo quando tudo se acerta e fica bem para sempre. Voltou para casa emocionado, imaginando se já houve no mundo cena tão linda. Por uma noite ele foi eterno. 
A lua o acompanhou até a porta e recebeu um beijo, estrelas cintilavam de alegria e satisfação. Mas o que fazer depois da felicidade? Tentar viver novamente o que é singular? Fugir até morrer de saudades? Ser irônico ou apenas aceitar que se pode ficar feliz e triste ao mesmo tempo? 
Joaninho às vezes não quer ter sentimentos, só o tempo lhe fez perceber que desejava Joana porque ela era doce liberdade. Joaninha se foi sem ele, voou para um algum lugar no passado e se escondeu por lá. Não levou nada que não fosse seu, também não deixou o que não podia. E tudo ficou nas lembranças, como lágrimas na chuva.

Um comentário:

Jean disse...

Bacana até umas horas!!!!!!!!!!

vou seguir...

sucesso e abraços!

Jean
CosmonautaBr